QUASE VIDAS

Nestas avenidas quase existem vidas

O que vejo são desejos

Vozes geladas quanto a madrugada

Fechando feridas nestas quase vidas

Não conte comigo para ser seu abrigo

Estou voltando para o meu canto

Minhas feridas ainda estão doloridas

Não quero outras de volta à sua escolta

Nestas avenidas quase vejo vida

São muitos rostos, marcas e desgostos

Olhares tão vazios quanto frios

Faces de uma ilusão, faces da solidão

Pessoas se tocando e se soltando

Minutos escondidos e já são desconhecidos

A madrugada fica solitária e menos imaginária

Quando esquecem a vida para fecharem feridas

Não conte comigo para ser seu abrigo

Não quero fechar feridas destas quase vidas

As minhas ainda estão abertas e tão desertas

Nestas avenidas que desejo por uma vida

Luiz Noscente
Enviado por Luiz Noscente em 09/10/2009
Código do texto: T1856412
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