SE UM VIAJANTE
A esperança de um viajante
É a poeira da estrada
O crepúsculo do entardecer
E o canto da passarada
Aumentando o seu tormento
Um leve beijo do vento
Relembrando a sua amada.
A solidão lhe devora
Quando a tarde fica escura
A lua é a sua companheira
Do fel inventando a doçura
As esperanças são paisagens
Transformadas em imagens
Presas por uma moldura.
Seu destino é sofrer
Distante de quem tanto ama
O corpo é forte e valente
Mas o coração só reclama
Se pudesse criava asas
Para fugir do meio das brasas
E repousar em outra cama.