SE UM VIAJANTE

A esperança de um viajante

É a poeira da estrada

O crepúsculo do entardecer

E o canto da passarada

Aumentando o seu tormento

Um leve beijo do vento

Relembrando a sua amada.

A solidão lhe devora

Quando a tarde fica escura

A lua é a sua companheira

Do fel inventando a doçura

As esperanças são paisagens

Transformadas em imagens

Presas por uma moldura.

Seu destino é sofrer

Distante de quem tanto ama

O corpo é forte e valente

Mas o coração só reclama

Se pudesse criava asas

Para fugir do meio das brasas

E repousar em outra cama.

Antonio dos Anjos
Enviado por Antonio dos Anjos em 08/10/2009
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