Uma Alquimia em Palavras

I. Uma pergunta feita:

Um dia como qualquer outro, te vi por aí

te olhei mais uma vez, como sempre fiz

mas dessa vez notei algo diferente no seu olhar

de encontro com o meu, quase a me procurar

pode ser só impressão, impressão que seja então

mas nada disso importa, já que a esperança morta

vem me encontrar, pra dizer que é bobagem

que de nada adianta alimentar um cadáver

minha alma fica negra, meu coração gelado

minha mão treme e nada parece fazer sentido

porém vejo o teu olhar e essa sombra desaparece

e o amor vem me dar bom dia

e aquela que me desesperava aparece como a fênix

esquentado aquele inverno de outrora

trazendo à tona coisas que desconhecia

coisas que talvez nem quisera conhecer

agora vejo seus olhos, beijo sua boca

sinto seu toque, escuto sua suave voz me dizendo

que está tudo bem, nada mais importa

apenas o que sinto por você...

II. A resposta guardada:

E eu te procurava sim, com os olhos

Pois algo em ti me atraía

Não sei se foi o toque, o sorriso

Ou toda a tua energia, alegria...

Que vinha pra mim...

Enquanto eu procurei, me escondi.

Dei voltas em torno de um ‘sim’,

De um ‘não’... Talvez só uma mera impressão...

Eu respondi negativamente no presente

E guardei um ‘quem sabe’ para o futuro

Minha mente ficou ausente e...

Vi teu olhar ficando escuro...

E me aproximava mais, sem saber por quê.

Tentei me afastar,

Mas tu me puxavas para o teu lado

E quando tu te afastavas

Te queria perto,

Cada vez mais perto... Num abraço.

Que sempre foi e continua sendo

o que me aquece e me conforta.

Teu olhar suave me amolece,

Teu carinho e atenção que abrem as portas...

E meu coração pulsa...

E o sentimento fortalece.

Poema feito por Emerson F. Gracia e Julhana B. Pohlmann