Caminhada
Novamente na estrada, a caminho
Junto a mim, caminham tantos no claro dia
Na noite escura, fogem com medo
As pessoas sem luz perdem o rumo e a vida...
Novamente nas passagens, nas encostas
Vão cruzando, passando, parando e ficando
Os passantes, sonhos, desejos, e a utopia
A alma parece banhar-se neste verde aroma da serra.
Pra trás, sempre pra trás nas pedras
Ficam lembranças nas memórias
E seguem os sonhos nestes momentos idílicos
Será adiante realizado o menor dos sonhos?
Novamente chego
e uma vez mais parto
Nem sei bem porquê tantas idas e voltas
Se a busca não se concretiza...
Mergulho na escuridão da noite, sem astros,
nublada, sem luar, sem gente, sem sonhos
E penso na luz que há de vir, de um por-vir
No pensamento distante que me prende a ti.
AjAraújo, o poeta humanista