Amores de lata
Amores de lata parecem fortes como pedra
Começam do nada e se fazem fortaleza
Mas com o tempo no tempo se esfarela
E o que era amor... já não mais era
Amores de latas eram diminutos
Agora são muitos inclusos no mundo
Crescem velozes tal qual a flecha
E o que era amor... já não mais era
Amores de lata surgem como o vento
Mas, não resistem ao casamento
Vivem esmaecidos como a favela
E o que era amor... já não mais era
Amores de lata também são virtuais
Vivem de glamour e festas colossais
Sorriem como o sol ante a janela
E o que era amor... já não mais era
Amores de lata, amores sem casa
Amores confusos, amores sem rumo
Amores que se vão pela fresta
E o que era amor... já não mais era
Amores de lata também enferrujam
São jogados ao lixo como entulhos
São reflexos vermes da nossa era
E o que era amor... já não mais era
Amores de lata surgem do nada
E pro nada segue a caminhada
Amores um dia luxo, hoje miséria
E o que era amor... já não mais era
Amores de lata podem durar um tempo
Um dia, um mês, um só momento
Já não se sabe o nome dele ou dela
E o que era amor... já não mais era