AMOR CRÔNICO - Retrô

Tarde demais para convencer a minha sede a não querer te beber;

Pois os caminhos que não te acham já foram desaprendidos;

Não há mais possibilidades de jogar e não perder;

Não reino mais sobre meus impulsos, se rebelaram meus sentidos!

A única possível alteração a esse quadro é o seu agravamento;

O coração já sancionou que o seu querer é simplesmente irrevogável;

A voz da emoção fala bem mais alto que o racional argumento;

Tamanha é essa paixão, que a sofreguidão tornou-se incontornável!

Essa vertência que se desata eu não consigo estancar;

Uma viagem rumo ao delírio, que ignora regresso;

É descompostura da fascinação, que se recusa a se educar;

É fonte de amor pelos póros a minar, cujo pouco já é excesso!

Tarde demais para tentar impedir o que já me venceu;

Não há mais como desistir, por temor à ilusão e ao desengano;

Toda sintomática dessa grave crise, de alto a baixo me acometeu;

Tarde demais para calar a minha voz e negar que te amo!!

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Última semana da série retrô. Vêm aí textos inéditos e a continuidade da série Almas Pequenas, além de outras novidades. Aguarde!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 07/10/2009
Código do texto: T1852327
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