DESCOBERTA!
Nau do estaleiro santo eu nasci
De mãos afortunadas
Que docemente construíram
Um ser inexistente...
Surgi fruto do amor
Da invenção de alguém
Que buscou fazer-me,
Um veículo de transporte.
Aná!... katá!...
Que faz o meu mar
Gota a gota para essa nau
Mesmo invisível, por vezes soçobrar.
Hodós líricos infinitos
Migram de meus faróis.
Soltas no explosivo lugar,
Hoje água, mas já foi vulcão!...
Manto florido remanescente!
Inigualável ardor de aroma quântico,
Quanto do nosso passeio oceânico
É frota ao largo e sem marinheiros?
Sem canteiros, somente a prata...
Que majestosa e sobrenadante,
É com o maior efeito,
Nosso céu, nosso mar, nosso leito!
Denise Figueiredo
“ Do Livro Aná & katá”