Modelo de eternidade
Olhares fixos ao horizonte tentando ver a beleza da água quando toca as montanhas de seu rosto, águas essas que caem das nuvens de seus olhos, olhos de criança inocente, aparência reluzente e com interior puro capaz de fazer nascer da flor a semente. Olhares estes que se perdem no confronto com o coração, modelando dizeres como escudo contra a razão, fazendo do sol a chuva e das pedras no caminho a esperança de que dias melhores virão.
Nada como um bom escudo contra as armas mortais da guerra em seu interior, guerra entre inferno e paraíso, guerra de alegria e sofrimento, guerra de paixão e dor.
Depois de tanto lutar chega o cansaço, dos vasos de vidro aos cacos no chão, tentando conter a euforia servindo de modelo ao poeta, indo de musa à inspiração, para ficar marcada para o mundo em um pedaço de papel e para o poeta em seu coração.