Esperança de amor

Ouço a campainha tocar

Vou até a porta

Pergunto quem é

Uma voz doce diz:

“Um alguém que te ouviu,

Que te ama e te quer bem”.

Abro a porta e a deixo entrar

Não a reconheço

Mas faço um sinal lisonjeador

Sinto arrepio

A nuca esquenta

Espanto-me com a leveza de seus cabelos negros ao vento

Expressão angelical em sua face

Andar esbelto, falar instigante.

Engraçado como é a mulher

Um anjo que bate à minha porta

Que me faz juras de amor

Leva-me a fazer planos futuros

Sonhar com o inimaginável

Repensar os erros do passado

E me transformar.

Doce figura divina

Que carrega em meus sentimentos em seu peito

Os curativos para seus tombos amantes

As certezas de uma felicidade finita

Que na grandeza do universo se faz medida.

Galanteador coração meu

Bate forte como tambor

Incendiado pela chama dos olhares fixos

Centrados em um só querer

É do que amar

É ter certeza de que não irá mais sofrer.

Pensei, penso e continuo pensando

Como pode me tocar tão profundamente

As correntes de sangue não cessam

Estão a todo vapor

E o coração dispara

Então retorno a vida sã.

Ela, ali, sentada no sofá

Tomando suco de maracujá

Toda calma e ternura me fazem acordar e reconhecer

O meu amor estava ali,

E eu cego de ódio dos amores frustrados não percebi.

Sento ao lado dela

Pego em sua mão macia e começo a me declarar:

“Faltou-me prazer em dizer, faltou-me imaginação para sonhar,

Faltou uma bela mulher para que eu pudesse me apaixonar.

Então você entrou por aquela porta, serena, olhos cheios de amor e lindos cabelos ao ar

Proporcionaste a mim um momento raro que há muito tempo não sentia,

O coração bateu forte, enquanto isso a mente se envaidecia,

Em espírito de vanglória o eterno enfim se firmava

Descobri em você o amor que eu tanto esperava.”

Luiz Aguinaldo
Enviado por Luiz Aguinaldo em 04/10/2009
Código do texto: T1847409
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