Ponto de Interrogação
Gonzaguinha

Por acaso algum dia você se importou
Em saber se ela tinha vontade ou não
E se tinha e transou,você tem a certeza
De que foi uma coisa maior para dois
Você leu em seu rosto o gosto,o fogo,o gozo da festa
E deixou que ela visse em você
Toda a dor do infinito prazer
E se ela deseja e você não deseja
Você nega,alega cansaço ou vira de lado
Ou se deixa levar na rotina
Tal qual um menino tão só no antigo banheiro
Folheando as revistas,comendo a s figuras
As cores das fotos te dando a completa emoção
São pe rguntas tão tolas de uma pessoa
Não ligue,não ouça são pontos de interrogação
E depois desses anos no escuro do quarto
Quem te diz que não é só o vicio da obrigação
Pois com a outra você faz de tudo
Lembrando daquela tão santa
Que é dona do teu coração
Eu preciso é ter consciência
Do que eu represento nesse exato momento
No exato instante na cama,na lama,na grama
Em que eu tenho uma vida inteira nas mãos..


Amo Gonzaguinha, e escolhi uma de suas múscas para ser tema de Poesia dento da Poesia.

MOTE: Escolha Um Dos Versos da Poesia-Melodia e Se Delicie.









Escolhi estes para meu mote

“As cores das fotos te dando a completa emoção
São pe rguntas tão tolas de uma pessoa
Não ligue, não ouça, são pontos de interrogação”

 São pontos de interrogação...
1
Escreveste há dias num livro que me ofereceste
Que eu fui a estrela fulgurante do teu firmamento
Nessas tão sinceras palavras de emoção te envolveste
Deixaste que teu coração dissesse a verdade nesse momento
11
Falas-te da lua cheia desejo cioso que te adveio
Quando minhas fotos tu olhaste e te embeveceste
Estavas a ouvir e lembrar a linda menina que foi teu enleio
Flor do teu prado que tiveste à mão e que não colheste.
111
Não te culpo pelo que nesse tempo ocorreu
Tento dar-lhe a suavidade do veludo por delicadeza.
Repousa em mim essa mágoa passada negra como breu
Que invadiu minha vida e lhe arruinou toda a excelência

1v
Não deixei de viver por esse amor contrafeito
E ouvi lânguida cantar trovas de amor sob o meu varandim
Enlaçada girei em salões de festas sentindo no meu peito
mãos de desejo e em sinceros convites me engrandeci
v
Mas a minha alma por muito que eu negasse era tua prisioneira
Como mistério insondável que me incendiava e nunca entendera
E bastou tua voz novamente ouvir e teus olhos minha cegueira
Inexplicavelmente brotou em avalanche o que tantos anos esconderam.

Saõ interrogações que me tornam rubra quando me olho ao espelho
Não, ligues são penas que a vida me tornou magoada
Mas o manto do tempo tudo abafa e não se vê nada

Em Versos canto esta minha paixão sossegada
Abraço-te, tomas-me, adormeces no meu leito
Pela alvorada acordo foi sonho transfigurado.
De tta 04~09~09
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 04/10/2009
Código do texto: T1846953
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