Amor de ontem e de hoje

Quando vislumbro teu retrato na parede,

Uma onda imensa de saudade invade-me o peito...

Parece que foi ontem que brincávamos no jardim

De mãos dadas ou até mesmo correndo, sempre felizes,

Como duas crianças que éramos...

O tempo passou para nós dois,

Cresceste linda e angelical.

Recordo, ainda, tuas longas madeixas loiras, a cair pelo rosto,

Realçando com teus belos olhos azuis, com a alvura da tua pele,

Com a maciez do teu corpo.

Tudo me parece um sonho...

Às vezes chego a imaginar que ainda esperas por mim na saída da

escola,

Para juntos retornarmos aos nossos lares, vizinhos lares,

Que ainda lá permanecem, talvez, à nossa espera, a fim de que

possamos

Retornar no tempo e recomeçarmos nossa história...

Lembro-me da noite em que, finalmente, aceitaste as alianças

E fizemos juras de amor, amor que prometia um futuro de felicidades,

De união plena, de eternas confidências, companheirismo,

cumplicidade...

Mas partiste. Partiste para um céu bordado de estrelas,

E todas as noites, da janela do meu quarto,

Tento enxergar-te em teu brilho,

Tento desvendar teu sorriso,

Pois sei que não te esqueceste de mim...

Nosso amor jamais terá fim...

E espero, na solidão que me afaga o peito

De rever-te na imensidão do firmamento estrelado,

E enlaçar tuas mãos, prender-te... para que, de repente,

Não te tornes, para sempre, uma simples estrela cadente!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 03/10/2009
Código do texto: T1845798
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