Amor de ontem e de hoje
Quando vislumbro teu retrato na parede,
Uma onda imensa de saudade invade-me o peito...
Parece que foi ontem que brincávamos no jardim
De mãos dadas ou até mesmo correndo, sempre felizes,
Como duas crianças que éramos...
O tempo passou para nós dois,
Cresceste linda e angelical.
Recordo, ainda, tuas longas madeixas loiras, a cair pelo rosto,
Realçando com teus belos olhos azuis, com a alvura da tua pele,
Com a maciez do teu corpo.
Tudo me parece um sonho...
Às vezes chego a imaginar que ainda esperas por mim na saída da
escola,
Para juntos retornarmos aos nossos lares, vizinhos lares,
Que ainda lá permanecem, talvez, à nossa espera, a fim de que
possamos
Retornar no tempo e recomeçarmos nossa história...
Lembro-me da noite em que, finalmente, aceitaste as alianças
E fizemos juras de amor, amor que prometia um futuro de felicidades,
De união plena, de eternas confidências, companheirismo,
cumplicidade...
Mas partiste. Partiste para um céu bordado de estrelas,
E todas as noites, da janela do meu quarto,
Tento enxergar-te em teu brilho,
Tento desvendar teu sorriso,
Pois sei que não te esqueceste de mim...
Nosso amor jamais terá fim...
E espero, na solidão que me afaga o peito
De rever-te na imensidão do firmamento estrelado,
E enlaçar tuas mãos, prender-te... para que, de repente,
Não te tornes, para sempre, uma simples estrela cadente!