Néctar

Néctar

Que provem

Da pura seiva

Que emana da fonte interna

Néctar

Que adentra

Em tua fenda

Que sorve a fonte externa

Néctar

Jorra com a carícia

Terna e vigorosa

No deslizar de loucos digitais

Néctar

Da abelha estival

Nos favos de dois corpos

Na conjunção febril da paixão

Néctar

Feito manjar dos Deuses

Se espalha em teus lábios carmim

Mel de teus seios tesos

Néctar

Nos suores das lutas travadas

Pelas sensações mais profundas

Na tomada destes solos pela espada

Néctar

No âmago do desejo

No clímax do prazer

No deleite do corpo vencido

Néctar

Como lava quente espalha-se

Nos arquipélagos mais recônditos

Do sexo tomado pelo vulcão

Néctar

Na calmaria

Dos corpos guerreiros

Inebriados e cansados da doce batalha...

AjAraújo, o poeta humanista.