Perdido com o mapa na mão
Perdido com o mapa na mão
Hoje em grande espera procuro os dentes dentro do universo que concebe você
Ainda que seja um instante antes do sinal bater, antes do fim começar.
Parece até tristeza, parece até saudade mas a verdade é que o medo de amar me encontrou e levou me direto para os seus pés.
Ainda não encontro uma palavra para encarar o vazio das horas que me deixam entender a razão de estar sempre com a corda no pescoço.
Eu me reduzo por entre as arvores como um detetive para compensar o meu tédio vestido de paixão, me condeno e me desprezo em frente ao espelho com a cara envergonhada.
Não há nada de novo, nem há nada que mereça ser enterrado junto com as lembranças vãs
E sim um recado atado na cabeceira da cama desejando um minuto para o sim.
A expectativa que me abrasa e me lambuza, me encolhe e me engrandece.
A certeza que me espera e a incerteza que te aguarda só existe nos meus sonhos de adulto sem trabalho.
Hoje em grande espera, espero te ter em calmas palavras aveludadas
Hoje em grande espera, espero te ter em deliciosas risadas que alimentam o meu ego
Não há nada de novo em mim, eu sei....
Não há nada de novo em si... também.
Me dê a sua mão como quem vai a praia
Para se bronzear ou fugir da cidade pequena
Me dê a sua alegria, pois hoje estou carente de espaço
Hoje preciso entender como foi que a vida começou naquela noite
Ainda não tenho os princípios marcantes.
Me de a sua mão, me beije sempre nessa direção exata.