Ao meu poeta...

Ao Meu Poeta

E se choram do meu lado..acudo e curo..depois desabo..

Nesse ninho meu já estiquei tamanhos..

Já busquei lírios para as solidões de antanho..

Nesta hora de sala bagunçada..

Fui às hortaliças frescas e colhi o verde da salada...

E peço pare agora..nessa manhã anunciada..

Não conheces a história daquela que chamas e clamas.. amada...

Nem mesmo fostes a madrugada a poupar-me a dor..

Nem sei se da vida foi o do planalto calor..

Sei que te anuncias pelo másculo odor...

Não hei de saber não sucumbir..

À tua boca que não senti..

Ao único pedir..

Abraça-me..tenha-me junto a ti..

Não para dormir..

Não para fluir..

Mas para amar-me..colar-me...

Calar esse silêncio..no teu abraço de me fugir..

Na tua madura boca..quero hoje apenas dormir..

E se for de paga.. que seja..do teu corpo usufruir...

Dorothy Santos Carvalho

Dorothy Carvalho
Enviado por Dorothy Carvalho em 02/10/2009
Reeditado em 03/11/2019
Código do texto: T1843319
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