Ao meu poeta...
Ao Meu Poeta
E se choram do meu lado..acudo e curo..depois desabo..
Nesse ninho meu já estiquei tamanhos..
Já busquei lírios para as solidões de antanho..
Nesta hora de sala bagunçada..
Fui às hortaliças frescas e colhi o verde da salada...
E peço pare agora..nessa manhã anunciada..
Não conheces a história daquela que chamas e clamas.. amada...
Nem mesmo fostes a madrugada a poupar-me a dor..
Nem sei se da vida foi o do planalto calor..
Sei que te anuncias pelo másculo odor...
Não hei de saber não sucumbir..
À tua boca que não senti..
Ao único pedir..
Abraça-me..tenha-me junto a ti..
Não para dormir..
Não para fluir..
Mas para amar-me..colar-me...
Calar esse silêncio..no teu abraço de me fugir..
Na tua madura boca..quero hoje apenas dormir..
E se for de paga.. que seja..do teu corpo usufruir...
Dorothy Santos Carvalho