Doce Lembrança

Os teus olhos me atraem, mas riem de mim,

Debochas quando tu me olhas agora.

Talvez, não queiras mais lembrar de outrora,

Quando me declaravas amor sem fim.

Eu recordo e minha alma triste chora,

Que como uma flor fresca do jardim

Tu vieste docemente para mim,

Com a paixão que a juventude aflora.

Preso pelo teu aspecto de jasmim

Eu não via a vitalidade ir embora,

E que perderias a paixão por mim.

Tua tenra idade teu vigor afora,

Meus anos não têm mais vigor assim,

Mas doce lembrança em minha alma mora.

(Sebastião Barros)

Sebastião Barros
Enviado por Sebastião Barros em 01/10/2009
Reeditado em 25/01/2011
Código do texto: T1842803
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