No vão do olhar

A porta entreaberta convida apreciar os raios do sol, as vidraças da janela refletem o mundo lá fora num arco-íris de cores.

Meu olhar procura o seu na multidão, vagando entre a razão e a emoção.

Na sinfonia de um amanhecer, ilustra o sonho perfeito, registrando o sublime momento, polvilhando o ego com carícias.

Na leitura de um livro guardado na gaveta, rasgando as fronteiras que nos cercam, desenhando emoções nas páginas da vida.

A brisa trás o perfume das flores, o amor penetra na intimidade e a alma entregue, mistura-se ao som de uma lágrima.

No vão do olhar distante, a vontade de aconchegar-se mansamente,

Embora dissesse muitas vezes que não sente, disfarces no riso, a voz possui um magnetismo.

Expandir no horizonte o apogeu do amor, em toques sutis, encantado fetiche em nuances de luar.

escrito em

28.06.2006

por Águida Hettwer