MONÓLOGOS REPETIDOS

Um vento de inquietude caminha
Por minhas ruas desertas,
Olho para tudo o que me cerca e vejo a vida
Através da ampulheta do tempo.
Cansada de ver meus monólogos,
Repetidos em gritos, na solidão que fecunda,
Nado contra a correnteza, pelo prazer
De medir forças com o destino.
Estou certa de que a vida é mágica,
Certa de que o amor transforma...
Em meu castelo, repouso sobre a mesa,
Nas linhas da minha vida,
Escrevo a dor e o amor...
Na sombra, a solidão me acompanha.

Adriana Leal



Texto revisado por Marcia Mattoso