Na foz do Rio Mutarí
A índia Pataxó
Dança o toré, na areia...
Na coroa vermelha
O mar a rodeava.
E a índia, sozinha,
No seu amor dançava...
Na vontade de ver
Ela alonga o olhar,
Numa vela a passar...
A ternura inquieta,
E n’alma aflita,
Uma dor infinita...
E sem saber expressar
O que sentia,
A índia cantava
A dor dessa agonia.
“Se o mar o roubou,
Pelas ondas levado...”
Essa história de amor
Nesse drama de dor
Essa canção,
É o fado!
Bahia Cabrália, 22/04/1500