Dos dois

D’alma lúcida do sol,

cintila em minha vida o brilho teu.

D’alma de alguém para a minha,

essa tão distante vizinha,

esse amor mais vivo que o meu.

D’alma encontrada ao redor de mim,

nem tão servida, mas a servir,

que não me possa ser a mais amada.

D’alma aparecida de algum lugar,

onde está o meu excesso em amar-te a alma

onde está o meu maior zelo a ti ofertado,

onde estão o teu amor e o meu

que de tão imensos são tão preciosos

e que de tão perfeitos, inacabados?