Voltaste? Voltei!
O sol nasceu no horizonte
Como um anúncio vindo à frente
E uma fria chuva caiu sobre mim...
Anunciando que algo aconteceria enfim
Ansiosa esperei que voltasses...
Com os nervos em colapso
Sofri tormentos, ânsias loucas...
Doída secura em minha boca
E no fim... Nos meus braços
Antecipastes os enlaços
Quente, suave, ficaste
Com magnífica ternura
Senti teu calor... Teu corpo colado ao meu
E provei deliciada e embevecida do teu mel
Teus sentidos em minha direção,
Foram me envolvendo em excitação
Teu olhar que me queimava...
Penetrava, adentrava e dominava
Senti... Que voltavas para mim...
Fiquei possuída e entregue assim
Não por metade... mas por inteiro...
Um dentro doutro... Dois num só corpo
Meus olhos choraram, então...
O choro abençoado pela força da paixão
Finas lágrimas escorriam por minha face....
Lavando as tristezas e cicatrizes da jornada
E minha alma por fim sorria...
Pelo carinho que de ti recebia
O vazio preencheu-se, o escuro clareou
Senti vibrarem os sinos das catedrais
E o canto lírico melódico dos rouxinóis
E meus sentimentos adormecidos despertaram...
O amor revigorado floresceu e cantou
Arrebentando as comportas transbordou
Voltaste para mim... Como sempre te quis...
Alma pura cristalina feita água de um chafariz
Meu oásis no deserto de imensa solidão
Inteiro... Sem medos, sem reservas...
Jorrou beijos sobre a minha pele de Eva
Fez das minhas dores um paradisíaco éden
E tudo o que tinha morrido em mim,
Voltou a renascer... Como se nunca tivesses ido!
E agora não mais deixarei que vás embora...
Porque a toda hora serei tua e serás meu!
Dueto: Catarina Camacho e Hildebrando Menezes