Da janela de um lugar qualquer
 
Perdido no tempo, da janela de um lugar qualquer
No horizonte vejo pássaros que voam sem direção
É outono em toda parte, haja o que houver
O vento sopra folhas sem parar, tombando-as ao chão.
 
Nas esquinas, cruzam frias
Solitárias formas de minha imaginação
Nada encontram, tudo procuram vazias
Refletem no fundo minha paixão.
 
Além da tua face sorridente nada vejo
E assim, tristemente me invade
Um sentimento amargo de desejo
Ao ver o sol se por amargamente em fins de tarde
 
Vagando sem rumo, sigo solitário
Fazendo versos como quem tenta fugir da ilusão
Na busca suicida de teu beijo, mesmo que imaginário
Encontraria o passaporte do céu, caminho da salvação
 
Fecho os olhos, não vejo nada
Além da escuridão tua lembrança
Em meio a noite fria, alta madrugada
Desafio o sono profundo que me alcança
 
Como um filme triste, rapidamente minha vida passa
Evito ao menos, ao pranto amargo me entregar
No entanto não resisto, não há o que faça
Para um sentimento de saudade por inteiro me tomar
 
Dentro de mim mesmo desperto
Do outro lado da janela de um lugar qualquer
Distante de ti, da solidão cada vez mais perto
Por ti lutarei sempre, em desejos meu coração te quer...


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Edison Barlem
Enviado por Edison Barlem em 29/09/2009
Código do texto: T1838353
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