Em Meus Delírios Por Você
Meio a delírios me achei
Em paz, o teu peito calado
O meu tão tanto que nem sei
Mas me encontrei acorrentado.
Preso, o tempo me era, então,
Companheiro nas noites frias
Onde julguei o vinho e o pão
Que em nós, pra mim, ainda existia.
O meu delírio, hoje eu sei,
A mente aberta, a culpa, a fé, enfim,
No amor e outros que pensei
Me foram um passo além do fim.
Novamente me libertei
Com palavras-chave de paz
E todo o sangue eu guardei
Julguei: por ora, satisfaz...
Voltei aos céus em teu regaço
Um teu abraço, um sol nascendo,
De encontro ao meu outro pedaço
Que em ti marcou, me contorcendo.
Nestes delírios, preso, fui
No céu, no inferno, ao nada e em mim
Vi que o meu rio ainda flui
E se prolonga vosso fim.
No meu descanso merecido
Ao fim da guerra em que estive
Nada, nada me foi esquecido
E o sentimento, vi, ainda vive.