NÃO TENHO EXPLICAÇÕES
Estou já algum tempo tentando iludir-me
com promessas feitas por mim mesmo,
promessas que sei por precedência que não vão se cumprir.
Quando ela voltar, é meu desejo viver a nobreza
da paz e de muito entendimento e a única
finalidade é assegurar ao meu coração momentos de quietação.
Não nego, se ela voltasse seria bom demais,
talvez até este descompasso do coração
recuperasse o seu ritmo normal, e quem
sabe recomeçasse a palpitar novamente,
premissas para aplacar os desesperantes momentos.
Não tenho argumentos para explicar a razão
deste procedimento, tento ver uma realidade que é abstrata,
produto insofismável do irrealizável.
Na tentativa de mitigar estas circunstâncias, fechei uma
das janelas por aonde vinha infiltrando maus fluidos,
agora só tenho uma por onde espero que ingresse somente esperança.