DOÍ

A ti, a mais sublime entre as sublimes

DOÍ

Quando nem sequer às estrelas

Minhas irmãs

Posso dizer o teu nome

Gritá-lo a mil sóis

É algo cá dentro

Que

Dói

Não te ver

Não sentir

Apenas o teu doce respirar

Magoa que se farta

Não poder a teu lado estar

Pintar um quadro imenso

Só com as minhas cores

Do arco-íris

Faltando as tuas

Sendo por isso ele medíocre

Não o que poderia ser:

Um gigantesco portento

Estar a construir a maior das fortalezas

Onde possamos esconder as nossas mágoas

E outros sentires com beleza

Para ninguém ver

Pois o tesouro é secreto

Mesmo que seja um baluarte

A céu aberto

Onde possamos sentir o vento eterno celestial

Que nos irá abençoar

Na comunhão divina

De quem se está a amar

E magoa cá dentro

Saber que vou ser o único inquilino

Com as minhas histórias

E aquilo que vou sentindo

No entanto a construção avança

Dia a dia

Até ao infinito

Um dia alguém a verá

E saberá que por amor

Te transformei num mito

Dói!