Nave Negra

Barco Negro é talvez o mais belo de todos os fados portugueses, pelo menos para mim, e por isso presto a minha homenagem neste poema, que não é uma versão desse fado, é apenas a minha visão

Nave Negra

Naquela noite

Naquela madrugada

Deixei partir

Para demasiado longe

Numa nave negra

A minha amada

Depois de tantos sentires

De tantos amores

Que eram mais do que os desamores

Eu jurei acompanhar-te

Independentemente do local para onde fores

Mas como podia eu imaginar

Que as mesmas estrelas

Que amávamos

Eram as mesmas

Que querias tocar?

Partindo

Para não mais voltar

Embora em tal

Eu me recuse a acreditar

Pois Meu Amor

Eu sei

Que nunca chegaste a partir

Pois dentro do meu peito

Mora a saudade

E na minha alma

O fado

E não uma ferida

Pois estás sempre a meu lado

Pois sinto o bafo da tua respiração

O perfume dos teus beijos

No meu peito

O teu corpo

O bater do teu coração

E por isso

Estarás sempre Comigo

Para toda a Eternidade

Para toda a Imensidão

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 27/09/2009
Código do texto: T1834509
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