Nave Negra
Barco Negro é talvez o mais belo de todos os fados portugueses, pelo menos para mim, e por isso presto a minha homenagem neste poema, que não é uma versão desse fado, é apenas a minha visão
Nave Negra
Naquela noite
Naquela madrugada
Deixei partir
Para demasiado longe
Numa nave negra
A minha amada
Depois de tantos sentires
De tantos amores
Que eram mais do que os desamores
Eu jurei acompanhar-te
Independentemente do local para onde fores
Mas como podia eu imaginar
Que as mesmas estrelas
Que amávamos
Eram as mesmas
Que querias tocar?
Partindo
Para não mais voltar
Embora em tal
Eu me recuse a acreditar
Pois Meu Amor
Eu sei
Que nunca chegaste a partir
Pois dentro do meu peito
Mora a saudade
E na minha alma
O fado
E não uma ferida
Pois estás sempre a meu lado
Pois sinto o bafo da tua respiração
O perfume dos teus beijos
No meu peito
O teu corpo
O bater do teu coração
E por isso
Estarás sempre Comigo
Para toda a Eternidade
Para toda a Imensidão