Ares de Primavera
Flor perdida no vento,
mensageira que veio de longe
traz letra cifrada em suas pétalas,
traz cor que desconhecia,
traz luz que pensei perdida.
Flor celeste, girassol lunar.
Não traz voz, mas pulsar cardíaco.
Sorri, pois sabe que lhe espero.
Olhe-me, e lhe descubro oculta.
E finge estar perdida,
mas sei que lhe encontro.
E acompanha horas que se foram,
E se aninha no crepuscular da tarde,
na aurora que rompe a madrugada.
Flor que viajou despida de corpo,
que veio apenas na forma de essência.
E visita para depois deixar apenas fragrância,
perfume que encanta e traduz saudade.
Saudade de que, se é objeto oculto?
Se faz-se de mentira cheia de verdades?
Buquê de rosas, espinhos e pétalas.
E no toque de carícia,
oculta-se nos espelhos,
no mundo virtual de sua irrealidade.
E brinda o cálice de doçura e fel,
pois que traz contradição de ser.
E ser é inevitável, não tem rota de fuga,
pois que se encontra no horário,
na data marcada, no tempo perdido,
nas vozes que cantam uma canção,
nas poesias que desfizeram-se em sílabas
que desmontaram-se em letras,
que fizeram o caos viver em harmonia,
que criaram sementes na primavera,
que fugiram levando os outonos,
que roubaram o frio do inverno
e criaram o seu próprio verão.
E no calor de si, no afeto suave,
fez-se beijo na face, trocou carícias,
para depois depositar-se nos lábios
que, em seu silêncio, perderam palavras.
Murmuram dizeres, sons sem sentidos
que brotaram em significados,
em sentidos e sentimentos
que, por fim, fizeram-se emoções
que repousaram num cantinho do coração.
Flor perdida no vento,
mensageira que veio de longe
traz letra cifrada em suas pétalas,
traz cor que desconhecia,
traz luz que pensei perdida.
Flor celeste, girassol lunar.
Não traz voz, mas pulsar cardíaco.
Sorri, pois sabe que lhe espero.
Olhe-me, e lhe descubro oculta.
E finge estar perdida,
mas sei que lhe encontro.
E acompanha horas que se foram,
E se aninha no crepuscular da tarde,
na aurora que rompe a madrugada.
Flor que viajou despida de corpo,
que veio apenas na forma de essência.
E visita para depois deixar apenas fragrância,
perfume que encanta e traduz saudade.
Saudade de que, se é objeto oculto?
Se faz-se de mentira cheia de verdades?
Buquê de rosas, espinhos e pétalas.
E no toque de carícia,
oculta-se nos espelhos,
no mundo virtual de sua irrealidade.
E brinda o cálice de doçura e fel,
pois que traz contradição de ser.
E ser é inevitável, não tem rota de fuga,
pois que se encontra no horário,
na data marcada, no tempo perdido,
nas vozes que cantam uma canção,
nas poesias que desfizeram-se em sílabas
que desmontaram-se em letras,
que fizeram o caos viver em harmonia,
que criaram sementes na primavera,
que fugiram levando os outonos,
que roubaram o frio do inverno
e criaram o seu próprio verão.
E no calor de si, no afeto suave,
fez-se beijo na face, trocou carícias,
para depois depositar-se nos lábios
que, em seu silêncio, perderam palavras.
Murmuram dizeres, sons sem sentidos
que brotaram em significados,
em sentidos e sentimentos
que, por fim, fizeram-se emoções
que repousaram num cantinho do coração.