Na Seda Nasceu a Poesia

Piano,

Viola, violino,

Mãos afagando

Foz sussurrando,

Veste de despir!

A história não se repete

Cria mais um capítulo

Entre o vinho e as rubras velas

Ascendendo o delírio,

A sedução em seu esplendor!

Tu és toda amante,

Todo pecado num baluarte

Aberto sob sonhos, é uma alma

Intensa, insana,

O êxtase em raros lamentos!

Sobre o seio

A fruta vermelha,

A boca sedenta

Ateando fogo na paixão,

Líricos como teu gemido!

Pela capela

Raros torpores do amor, versejando

O Navegar em ensejos singulares

Desabrochando hinos, sinfonias

Gritos de um gozo imortal!

Na seda nasceu a poesia

Nos corpos o silêncio extasiado!

Auber Fioravante Júnior

26/09/2009

Porto Alegre - RS