Uma Sonata ao Amor

Suave como metal

Transcendendo em brilhos e estribilhos,

Curvo-me ao destino,

Ao beijo entre as brumas,

As canduras daquele abraço

Enfeitiçado pelo coração!

Calo-me diante desta nuance

Concebida e moldada na paixão,

Traduzindo em violeta,

Toda uma pele,

Toda uma fragrância,

Anunciada em desejos,

Nua és, minha palavra!

Entre o osculo e o vento,

Não existe tempo,

É o cavalgar tendencioso ao luar,

Ao relevo desnudo,

Ao verbo que cantarola

Dentre as línguas ardentes,

Um soneto ao êxtase!

Sobre o buquê

O corpo em chamas,

A alma em transe,

Arremessando a flor,

Insanas carícias,

Uma sonata ao amor!

Auber Fioravante Júnior

25/09/2009

Porto Alegre - RS