CARA E COROA
Eu sou um cara que ama
E a mulher por quem eu clamo
Bem sei que também me ama
E a toda hora me chama
É legal e acessível
É sensual e flexível
E sabe ser tão incrível
Às vezes é impossível
Pois até rola na grama
A danada tem tesão
E eu que sou um carismático
E às vezes um trapalhão
Dando a leve impressão
Que passo por bobalhão
E que ela manda em mim
Mas lhe dá medo o culhão
Bem divertido e enigmático
Sendo despojado ou exigente
É cabra macho e competente
No coito parece eletrostático
Cara de durão, jeito de artista
Um poeta meio que trapezista
É um vidente ou um ilusionista
Até às vezes penso que é autista
Mas jamais será um fascista
E consegue ler a minha mente
Bruxo, sábio, sádico e adivinho
Ao ser tão viril e eloqüente
Sinto arrepios aos seus assovios
Às vezes é um suave querubim
Outras vezes, um diabo no pavio
E eu derreto-me com seu carinho
Moça toda faceira no fascínio
Eu gosto dela, e ela de mim
Vem como uma gulosa felina
E nós estamos sempre a fim
Que gostoso é esse menino!
Parece um gato angorá
Quando se enrosca
Ou é meio clandestino
Coisa de lobo guará...
Pronto para me abater
Penso em seu teste drive
E fico a sua mercê
Seu desempenho é total
Quando me pegar de jeito
De um modo fenomenal
Muito caliente e perfeito
E quem ama é que sabe...
Que o amor não tem defeito
Eu e o meu bem, afinal
Em nosso efeito global
Somos o par ideal...
Chegando ao ponto final!
Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes