Não sou de dar flores mortas
Não sou de dar flores mortas.
A cada noite em que dormíamos
Como amantes jovens livres
Dizia, 'a melhor que já tive',
Nas manhãs ao despedirmos.
Não sou de dar flores mortas!
Guardava em mim teu cheiro
O teu sabor, tua voz, teu tudo
Pois que eras meu único mundo
E eu era feliz pro mundo inteiro.
Não sou de dar flores mortas.
A cada encontro, a cada abraço,
A cada beijo eu me encantava
E se a saudade aqui apertava
Só pra te ver, apertava o passo.
Não sou de dar flores mortas.
Enfim, ao menos as minhas portas
Abri pra que pudesses aqui entrar
Entrou, feriu, se foi, mas não vou chorar,
As flores não lhe foram entregues mortas.