FINAL E INÍCIO...
O motorista apaixonado
Trafega pelo asfalto
Com seu veículo de gosto,
Sobe e desce serras e morros,
Passa por desfiladeiros,
Vales e túneis, entremeio,
Por onde passa, lento ou rápido,
Assim segue, o motorista ávido...
No final de sua viagem,
Por coincidência, AHH, ARRE,
Deixa do veículo de ferro e aço,
E pega noutro volante, os braços
Do veículo mulher, seu veículo de amor,
Bem-me-quer e bem se quer,
E se trafega, pelo asfalto da paixão,
Por entre serras, morros e túneis, então...
E, assim, quando se termina uma viagem,
De trabalho ou de laser, carga de saudade,
Que se leva e se trás, enfim, no transporte
De emoções, devaneios, alegres ou tristes,
Se começa uma outra viagem, a viagem
No veículo do amor, sem miragens...
A solidão não se carrega, nessa viagem,
À bordo da confortável boléia...
''E SE USA A CAMA DE CABINE
DE VEÍCULO DE AÇO COMO CAMA
DE QUARTO DE VIAJANTES AMADOS''