FINAL E INÍCIO...

O motorista apaixonado

Trafega pelo asfalto

Com seu veículo de gosto,

Sobe e desce serras e morros,

Passa por desfiladeiros,

Vales e túneis, entremeio,

Por onde passa, lento ou rápido,

Assim segue, o motorista ávido...

No final de sua viagem,

Por coincidência, AHH, ARRE,

Deixa do veículo de ferro e aço,

E pega noutro volante, os braços

Do veículo mulher, seu veículo de amor,

Bem-me-quer e bem se quer,

E se trafega, pelo asfalto da paixão,

Por entre serras, morros e túneis, então...

E, assim, quando se termina uma viagem,

De trabalho ou de laser, carga de saudade,

Que se leva e se trás, enfim, no transporte

De emoções, devaneios, alegres ou tristes,

Se começa uma outra viagem, a viagem

No veículo do amor, sem miragens...

A solidão não se carrega, nessa viagem,

À bordo da confortável boléia...

''E SE USA A CAMA DE CABINE

DE VEÍCULO DE AÇO COMO CAMA

DE QUARTO DE VIAJANTES AMADOS''

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 22/09/2009
Código do texto: T1824381
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