Primitivo

O orvalho molhara a relva

O homem rezara a novena

Só porque a fé preservava

Para o conforto da vida.

Destemida era a coragem

Daquele ser tão selvagem

Caminhando pela várzea

Que o rio corta bravamente.

Nada se fez tão igual nos dias

De carnaval

Opulentas fantasias

Colorindo a multidão cujo sonho ia mal.

Homens do campo na avenida

Cantavam e dançavam

A tristeza não se inventava

Tentava a felicidade

Na vivacidade de seus ancestrais.

Homens do campo

Onde andam

Que não os vejo mais?!

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 22/09/2009
Reeditado em 22/09/2009
Código do texto: T1824187
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.