Perscrutando-me
Entre o que não desejo lembrar
e o que recordo com fervor?
Tenho-te, como sombra perante o meu olhar
e, não posso olvidar
esse amor de adolescente.
Vivo ardente mas tão cheio de ingenuidade.
Pura verdade de sonho de embalar.
E, mesmo quando não quero,
há uma força, que me não deixa resistir.
Há! que loucura indómita essa força do ser.
Desespero porque não me pertences.
E esse desejo, que avivaste, quando
na tua impotência de me ter,
me quiseste ver? Ambos fomos culpados.
De repente, tudo o que estava adormecido,
saltou vivo e alucinado.
Saiu de meu peito tesouro guardado;
e tu vieste dar- me o consolo,
nesse teu orgulho de ser humano e animal.
Marcar o direito que tínhamos de nos amar.
Mesmo quando a justeza? era apenas esquecer
esse amor maldito, com o veredicto de extinção,
que avivou mais o sofrimento.
Teve que voltar á caixa forte do meu coração ferido.
Mas quem manda no coração?
A consciência? O medo ? o desejo?
Algo que se ajuíza? Não! O coração não tem previsão.
Ele próprio se define em explosão.
É o condão, mesmo quando o resto
nos parece saltar as barras da sujeição.
Quando olho para dentro de mim!
Vejo a alegria que me define,
como ser de esperança e conformação.
Mas há dor, saudade, e teus olhos, e tua voz,
ultrapassam tudo o que é dever, e vivem comigo
És a sombra do meu fatalismo
Houve sim outros encantamentos.
A vida permitiu-me afectos, canções de amor.
alegrias infinitas.Trovadores sob a minha janela
O sol brilhou na minha existência.
E ri, chorei, venci tempestades.
Experimentei a felicidade num coração acelarado.
Ficou tudo perdido na distância,
e em sonhos de nada.
Tocaram neste cristal, deixaram gravados, sinais de eterna ternura.
Insubmissa desertava
Mas esses olhos escuros! esse corpo altivo! esses braços fortes!foram sempre o meu norte da má sorte
Cravaram no meu ser o ferrete da ilusão.
Tu serás sempre, o amor da minha veneração.
Longínquo
De tta
09
09
20
Para o mote: Eu me olho
Por Auristela Fusinato Wilhelm
Entre o que não desejo lembrar
e o que recordo com fervor?
Tenho-te, como sombra perante o meu olhar
e, não posso olvidar
esse amor de adolescente.
Vivo ardente mas tão cheio de ingenuidade.
Pura verdade de sonho de embalar.
E, mesmo quando não quero,
há uma força, que me não deixa resistir.
Há! que loucura indómita essa força do ser.
Desespero porque não me pertences.
E esse desejo, que avivaste, quando
na tua impotência de me ter,
me quiseste ver? Ambos fomos culpados.
De repente, tudo o que estava adormecido,
saltou vivo e alucinado.
Saiu de meu peito tesouro guardado;
e tu vieste dar- me o consolo,
nesse teu orgulho de ser humano e animal.
Marcar o direito que tínhamos de nos amar.
Mesmo quando a justeza? era apenas esquecer
esse amor maldito, com o veredicto de extinção,
que avivou mais o sofrimento.
Teve que voltar á caixa forte do meu coração ferido.
Mas quem manda no coração?
A consciência? O medo ? o desejo?
Algo que se ajuíza? Não! O coração não tem previsão.
Ele próprio se define em explosão.
É o condão, mesmo quando o resto
nos parece saltar as barras da sujeição.
Quando olho para dentro de mim!
Vejo a alegria que me define,
como ser de esperança e conformação.
Mas há dor, saudade, e teus olhos, e tua voz,
ultrapassam tudo o que é dever, e vivem comigo
És a sombra do meu fatalismo
Houve sim outros encantamentos.
A vida permitiu-me afectos, canções de amor.
alegrias infinitas.Trovadores sob a minha janela
O sol brilhou na minha existência.
E ri, chorei, venci tempestades.
Experimentei a felicidade num coração acelarado.
Ficou tudo perdido na distância,
e em sonhos de nada.
Tocaram neste cristal, deixaram gravados, sinais de eterna ternura.
Insubmissa desertava
Mas esses olhos escuros! esse corpo altivo! esses braços fortes!foram sempre o meu norte da má sorte
Cravaram no meu ser o ferrete da ilusão.
Tu serás sempre, o amor da minha veneração.
Longínquo
De tta
09
09
20
Para o mote: Eu me olho
Por Auristela Fusinato Wilhelm