O que faço com essa solidão?
Deixaste em minh'alma entristecida uma profunda e doída saudade. Saudade que me agonia e me atiça a vontade. Vontade que me alucina e pouco a pouco me invade. De querer sentir novamente o aroma entorpecente do teu corpo. O calor das tuas mãos em meu sexo. Aspirar profundamente o teu hálito morno. O eco da tua ausência repercute nas paredes nuas do meu quarto e um nó angustiante oprime o meu peito mais que vazio. Se ao menos eu soubesse o que fazer com as nossas lembranças! Ah! Quem me dera apagar de minhas memórias o sorriso que indelevelmente nelas gravaste? Atravesso os espaços da casa a esbarrar em tuas fugidias sombras e um gélido calafrio anuncia que estou só. Irremediavelmente só.