Ambiguidade

Se nada mais falo, é por não saber o que penso.

Menos faço do que me convenço.

Nada adianto do que tenho passado.

Meu caminho é incerto, meu viver desatinado.

A busca não finda ao fim do dia.

A tarde custa muito a passar.

Minha boca fechada não revela o coração aberto,

desperto pelo desejo de um encontro permanente.

Estou presente, ela é distante, ausente.

E eu a amo mais que tudo, isso é certo.

Se nada mais sei, é por não falar o que sinto.

Mais é o que penso, quando deveria esquecer.

Meus impulsos gritam alto à minha agressividade,

tenho instintos que não cessam, vivo nessa ambiguidade,

a paixão que tenho por ela é o que me deixa apagado,

é o que me faz acender...

LEÃO FERIDO
Enviado por LEÃO FERIDO em 20/09/2009
Reeditado em 10/03/2013
Código do texto: T1820449
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