O dono do meu mundo ( ou Adeus, Liberdade)

Ah, como desejo que o meu porto seja a vastidão do mundo

E não na mão de quem quer ser o dono do mundo

Já me bastaria encontrar alguém que quisesse dominar o meu mundo

Eu me acorrentaria aos seus pés e oferecia a minha alma

Eu me lançaria nas brasas só para a paixão não padecer

Eu me jogaria nas correntezas mesmo sem saber nadar

Liberdade, tu que não cessas de me atormentar

Deixa-me em paz: eu não te quero mais

Mas tu és insistente e bate a porta sem perdão

Eu sempre te quis, sempre te busquei, Liberdade

Mas tu não existes, tu és uma ilusão infame

Que o dono do meu mundo, enfim, apareça para tomar posse

Não o enganes, Liberdade

Deixa-o chegar até mim e de mim não querer partir

Eu me despeço de ti, Liberdade...

A D
Enviado por A D em 19/09/2009
Reeditado em 19/09/2009
Código do texto: T1819622
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