O dono do meu mundo ( ou Adeus, Liberdade)
Ah, como desejo que o meu porto seja a vastidão do mundo
E não na mão de quem quer ser o dono do mundo
Já me bastaria encontrar alguém que quisesse dominar o meu mundo
Eu me acorrentaria aos seus pés e oferecia a minha alma
Eu me lançaria nas brasas só para a paixão não padecer
Eu me jogaria nas correntezas mesmo sem saber nadar
Liberdade, tu que não cessas de me atormentar
Deixa-me em paz: eu não te quero mais
Mas tu és insistente e bate a porta sem perdão
Eu sempre te quis, sempre te busquei, Liberdade
Mas tu não existes, tu és uma ilusão infame
Que o dono do meu mundo, enfim, apareça para tomar posse
Não o enganes, Liberdade
Deixa-o chegar até mim e de mim não querer partir
Eu me despeço de ti, Liberdade...