Amor em lasquinhas...
Toda a lua havia se escondido naquela bruma,
e eu neste momento belo, até mais que solene,
inventariava canções para te cantar na noite.
Mas você era sempre como uma nesga nuvem,
e se quisesse mesmo te enxergar lá no espaço,
teria antes de mudar esses teus não me toques.
Hoje você está como um fruto bem maduro,
que já quer se livrar do galho e virar semente,
dessas que podem no tempo vir a ser linda mata.
Mas você não quer mesmo saber de nada mesmo,
e mal te vejo nesse incrível estado do nunca ser,
acostumada que foi a ter tudo como sempre quis.
Há esse verbo imperativo que você adora adotar,
e por isso gosta sempre de dar uma de imperatriz,
para que teus desejos se realizem em teus sonhos.
Você não quer mesmo é nada, só umas lasquinhas,
e sai correndo na noite como se ela fosse um vampiro
que te viesse buscar para passear pelos umbrais.
Sou teu desejo...e você sempre vem me buscar,
dizendo-me que sente ciúmes até da tua sombra,
no que eu tenho de concordar, porque não mente.
Ah...e quanto àquele capítulo II deve ser lindo
quando você começar a escrever aquela lenda
de que o verdadeiro amor é sempre o derradeiro.
Hum...pensei que não gostasse de como eu chego,
mas sempre me engano com você porque me quer,
e espera de mim justamente essa forma de sentir
a nossa amizade, num leito de palavras onde deitamos
as nossas vontades que durante o dia foram despertas,
como se fossem um concerto ...feito de suave dedilhar.
Hum...se um dia te quero você não quer e logo foge.
No outro hum...você me quer mas passam nuvens,
e uma delas me leva para bem longe do teu querer.
E perdido no infinito decoro versos para te dar,
quando voltar para teus braços, justo na hora H.
Hum...isso se você não tiver fugido !!!
Sim...
se não tiver fugido. Claro !!!
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Poesia que fiz em 18-09-09 em SP.
Lua nova (1º Dia ) – sol /nublado – 24 graus
Beijos e abraços para você...bom sábado.. [love].
cseagull2@hotmail.com
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