Cura
Grotesca e obscura tristeza,
Vieste trazer a escuridão à alma iluminada.
Encontraste o caminho certo e consomes
Todo vento suave, que sopra esperança;
Toda a calmaria do mar, que inunda o ser;
Toda a beleza da noite, que constrói sonhos.
Alma adoecida:
Chora orvalho sobre
As asas do Anjo...
Olha desilusão, desencanto
No infinito céu de sua íris.
Coração dilacerado,
Adormecido entre nuvens:
Sono eterno...
Resta, à alma, o palor
De um grito.
Derradeiro grito de socorro:
-Vem! Cura minh’alma com teu amor!