IMORTALIDADE
Minhas falanges estão todas atadas
Não consigo mais caminhar
Estou condenado às horas passadas
É um emaranhado belo a pulsar
Minha mente está cada vez mais nublada
Acho que não consigo mais pensar
As imagens do passado estão paradas
Entre um flash e outro é o meu piscar
Minha alma está mortificada
O passado e o presente se refletem
Como sonhos bons da noite passada
Eterna saudade num solitário vai e vem
Meu coração pulsa quase parado
Alimentado por esta linda saudade
Ou pelos vestígios do amor consagrado
Que dentro do meu peito terá imortalidade
Dos meus olhos rolam puras lágrimas
Que lavam a alma e imortalizam a saudade
Trazendo a tona imagens íntimas
Marcando para sempre a eternidade
Quebram-se as amarras e soltam-se as falanges
O último suspiro é a imortalidade
Sentindo o mesmo sentimento de antes
Matando a saudade na eternidade