IMORTALIDADE

Minhas falanges estão todas atadas

Não consigo mais caminhar

Estou condenado às horas passadas

É um emaranhado belo a pulsar

Minha mente está cada vez mais nublada

Acho que não consigo mais pensar

As imagens do passado estão paradas

Entre um flash e outro é o meu piscar

Minha alma está mortificada

O passado e o presente se refletem

Como sonhos bons da noite passada

Eterna saudade num solitário vai e vem

Meu coração pulsa quase parado

Alimentado por esta linda saudade

Ou pelos vestígios do amor consagrado

Que dentro do meu peito terá imortalidade

Dos meus olhos rolam puras lágrimas

Que lavam a alma e imortalizam a saudade

Trazendo a tona imagens íntimas

Marcando para sempre a eternidade

Quebram-se as amarras e soltam-se as falanges

O último suspiro é a imortalidade

Sentindo o mesmo sentimento de antes

Matando a saudade na eternidade

Luiz Noscente
Enviado por Luiz Noscente em 18/09/2009
Código do texto: T1817351
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