Envelhecer...
E por falar em Envelhecer,
Poetas não envelhecem!
(- Só os corações vazios perdem a juventude...)
O Amor é intemporal a atemporal!
Pois quem nasce Poeta não morre,
É imortal...
Somos autores e espectadores
“De um mundo que nos passa...”
Mas somos o eterno cerne
Por onde corre a poesia
E se há Poesia, há vida!
Que importa a casca de uma árvore?
- Importa o seu interior que é tão rico,
Na vida que passa e a mantém de pé
Sendo sombra, segurança, alento, alimento,
Para os que se achegam ali...
Somos feitos de lembranças
Que já perderam a cor
De tão lembradas pelo tempo,
Pois a ampulheta não pára
E, inexoravelmente,
Leva sempre um pouco mais de nós...
Entretanto, os Poetas,
São como os carvalhos centenários
Ou como o jequitibá da floresta!...
Não há vento ou tormenta que derrube
É filho Dquele que É!...
E o Amor não “foi” e “nem será,”
Apenas “É’ no momento atemporal
Onde vivem para sempre os sonhos...
O Amor é um sentimento da Alma...
Enfeita o corpo,
Alumia o espírito,
Faz-se lágrimas e risos,
Faz-se beijos e carícias,
Faz-se presença contínua,
Mas é Alma unindo Alma...
- A alma se entrega pela Essência do Amor vivido,
Mas a ninguém é dado o dom de retê-la!
Nossa alma não é prisioneira:
É oferta... A oferta derradeira...
Mas ai de quem recebe esta oferta
E, com egoísmo, a retém para si...
- Alma se dá em troca de outra alma...
Tristes aqueles que não sabem ser assim...