NÃO

A ti, a mais sublime entre as sublimes

NÃO

(Poema baseado em algumas letras do grande imenso Jorge Palma, ao qual “pedi emprestado” parte do sentido)

Partiste

Porque nem chegaste a ficar

Mas os céus sabem

Que é contigo

Que eu quero estar

Consigo respirar

No lugar comum

Que me diz

Que és o meu ar

Te nego afectos

No balanço da minha vida

Que estás agora a empurrar

Numa suave brincadeira de crianças

Nas quais me consigo realizar

Consigo resistir a essa voz

Que me diz coisas tão doces

Da profundeza do oceano

Até à altura das estrelas

Entre as quais brilhas

Pois para mim de todas és a mais bela

Te conserto

Mesmo quando erras como um computador

Até os teus erros são belos

Pois suscitam-me o mais belo amor

Consigo que o coração bata mais devagar

Quando estás perto

Ou quando em ti penso

O sangue acelera

A cabeça para

A vida ganha alento

Posso deixar de jurar a mil bandeiras

Infinitos estandartes

Que é a ti que amo

O todo

E não apenas meras partes

Porque a natureza não é a mesma

E sol e a lua estão sempre a trocar de lugar

A poesia é prosa

E a prosa um imenso poema

Que escreverei pela eternidade fora

Pois sei que és a tal

Que contigo

Tudo vale a pena