Uma saudade enorme...

Aqui neste peito desfilaram amores.

Ilimitados enquanto duraram e renderam

poesias, suspiros, vigílias, sonhos e angústias,

tudo rodopiaram a passos largos por este peito.

Chegaram bem vestidos, lindos e faceiros,

vieram preparados para uma temporada:

trouxeram provimentos em forma de beijos,

saciou-me a fome, bateram sinos, comemoraram!

Tudo acabou! E neste meu peito agora,

há uma fome negra e uma saudade enorme.

E eu me deito vazio nesta cama fria e sem vida.

Meus suspiros doridos não matam a fome de amor,

e as lágrimas descem úmidas e em cachoeiras,

sobre a face de tantos amores passados e acabados.

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 16/09/2009
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