Relógio Quebrado
Relogio Quebrado
Um beijo sem aviso
Um diálogo conciso
Um olhar Indeciso...
De teu abraço eu preciso
Pra poder te amar sem juízo
E compartilhar do tesouro de teu riso.
Meu amor! Este tempo minguado de Chronos, tempo tão cheio de siso
Desaparece - mofino - vencido por Kayrós, que nos dá um tempo longo de paz
Um deus que estende o seu manto de sonhos, a quem de amar é capaz
Guardado nessa redoma, provo de um gosto mais novo – um gosto mais incisivo
Tem gosto de quero mais; de um querer provar sem parar
Não sei se é gosto de flor; parece gosto de amor – é um gosto bom de gostar.
E ouvir tua voz estendida, rolando as letras na boca, como se fosses cantar
É musica pros meus ouvidos: olho-te enternecido – decerto tu és o meu par.
A soma de momentos em que sentimos o nosso corpo leve, não mais como prisão de nossas almas, é que nos dá consciência de que somos felizes. Tão absurdamente felizes que não prestamos a mínima atenção ao escorrer da areia na ampulheta deste senhor tão sisudo - o Tempo.
Vale do Paraíba, manhã da terceira Quarta-Feira de Fevereiro de 2009
João Bosco (aprendiz de poeta)