ABISMOS SILENCIOSOS

Vou falar de abismos silenciosos

Pois meus pés estão numa borda

E antes que arrebente a corda

Onde amarro meus sonhos dolorosos

Preciso falar destes abismos

Que rapidamente surgem

Diante de nossos olhos entorpecidos

Que nos enganam como miragens

Que são frutos obscuros

De todas as nossas fantasias

De todos os nossos muros

De todas as nossas agonias

Que estão diante de nossos ombros

Que nada mais são os escombros

De nossos amores esquecidos

De nossos torpores vividos

E na luz com seus raios vaporosos

Escuto as lágrimas tocarem o chão

Lembrando dos amores dispendiosos

Que arrasaram meu coração

E na noite com todo seu orvalho

Diante da falta de romantismo

É quando a vida segue por atalhos

É quando caímos nestes abismos

Luiz Noscente
Enviado por Luiz Noscente em 16/09/2009
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