O sem querer do bem querer
Edson Gonçalves Ferreira
Tuas fases são musicais para meus toques amoroso,
Com elas vôo entre o inferno e o céu
E o não poder pedir tuas mãos...
Como é difícil não ler Castro Alves ao beijar teus lábios!
E, assim, o gosto da tua boca tem gosto de sangue,
A luta para ficares comigo e eu contigo
E o céu contra nós...
Eu queria te matar de paixão!
E foges, e foges, e foges para o perto longe de mim,
E escondes, e escondes a tua verdadeira ternura,
E a ti, animal, não desisto de ter.
Tu és noite, és dia e a desesperança total.
Toda nossa igualdade reflete a maior das violências
E te amo com um amor desamado de mim que cansa,
E nem sob a lua tonta repouso...
Eu, meu amor, te procuro pra te fazer majestade e me perco.
Pode um amor ser assim tão sublime e desafortunado,
responde, meu bem-querer?
Quando a tua voz me chega quente pelo fio canal eletrônico, apaziguo.
Mas voa rápido demais o pássaro branco,
E a solidão da tua ausente presença dói mais ainda,
A gente, amada, ficamos boba
E adolesce demais.
Divinópolis, maio de 2005
Publicado no “Manual de Redação”, de Edson Gonçalves Ferreira – adotado pela FACED
Edson Gonçalves Ferreira
Tuas fases são musicais para meus toques amoroso,
Com elas vôo entre o inferno e o céu
E o não poder pedir tuas mãos...
Como é difícil não ler Castro Alves ao beijar teus lábios!
E, assim, o gosto da tua boca tem gosto de sangue,
A luta para ficares comigo e eu contigo
E o céu contra nós...
Eu queria te matar de paixão!
E foges, e foges, e foges para o perto longe de mim,
E escondes, e escondes a tua verdadeira ternura,
E a ti, animal, não desisto de ter.
Tu és noite, és dia e a desesperança total.
Toda nossa igualdade reflete a maior das violências
E te amo com um amor desamado de mim que cansa,
E nem sob a lua tonta repouso...
Eu, meu amor, te procuro pra te fazer majestade e me perco.
Pode um amor ser assim tão sublime e desafortunado,
responde, meu bem-querer?
Quando a tua voz me chega quente pelo fio canal eletrônico, apaziguo.
Mas voa rápido demais o pássaro branco,
E a solidão da tua ausente presença dói mais ainda,
A gente, amada, ficamos boba
E adolesce demais.
Divinópolis, maio de 2005
Publicado no “Manual de Redação”, de Edson Gonçalves Ferreira – adotado pela FACED