A TARDE DOS AMANTES

A TARDE DOS AMANTES

Na tarde em que o sol escaldava

O cocuruto dos amantes

E a minha tristonha íris os invejava de ranger dentes.

Vesti-me de tristeza e saudade dela.

Fugi de olhares alheios,

Menosprezei sorrisos distintos

Pisei por querer em meu próprio remorso.

O remorso que eu tenho

De sempre estar pensando em você.

Meu orgulho detestável

É que me deixa sofrer tanto.

Te procuro e te tenho,

Mas só aqui dentro de mim.

Seu desprezo não ficará impune.

O sol escalda o cocuruto dos amantes,

E o sangue que sugou de mim

O sol vingará, transformando-te em pó.

Na tarde de sol que só os amantes sobreviverão.

Vista-se de amor, meu amor. Dispa-me essa roupa de tristeza e venha bronzear-se comigo.

Ficarão os raios de sol

Vermelhos de vergonha e de raiva.

Vergonha de você e raiva de mim.

- Mil desculpas astro rei, ela tirou meu vestido de tristeza.

Renann Calazans
Enviado por Renann Calazans em 15/09/2009
Código do texto: T1811550
Classificação de conteúdo: seguro