Interno-me
Declaro, para devidos fins, que Júnior Leal
Se encontra internado em qualquer hospital
Que não seja em leito, em soro e visitas
Ele se encontra em suas poesias aflitas
Se curando de tudo o que há, ainda, de mal
Infestado em bares e escolas da capital
Se internou como faz sempre que apita-lhe
O peito em desordem e em euforia que grita
Porém não se preocupem, nada de anormal
Tem mais paixão nele que no mar tem sal
Dizer de que amor mata, não passa de mito
Vos digo que dele, o que passa, é restrito
Não mais mil palavras, é que Júnior Leal
Teve um turbulência - pra quem amou, normal!
Mas tão logo, eis que volta, em carne e espírito
E escreve d'outro amor, jamais então escrito.