Poema 0724 - Solidão

Perdoe-me, não voltarei mais à noite,

um dia talvez e falo de amor,

por instantes fui seu, somente seu,

até que a mágica luz acendeu nos meus olhos.

Voltarei ao mesmo lugar que me encontrou,

lentamente os desejos te aguçam,

não quero alinhar-me a tristeza,

sou sol, dourado e forte, louco sim, todo eu.

Falo de um amor que não é natural,

não amor homem, mulher, são escuros,

meus fantasmas que gritam por solidão,

sofrem enquanto amo, que sofram para sempre.

Maldita seja a solidão, maldita seja,

caminha lento com seu manto negro,

sorriso debochado, nenhuma cor,

exceto seus olhos que atacam o tempo.

Deixo-a enfurecida a um passo do abismo,

meu corpo transparente volta ao mundo vivo,

hoje a realidade é amor, a roupa que me serve,

perdoe-me, não grite por mim, não voltarei...

23/06/2006

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 23/06/2006
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