JAMAIS II
JAMAIS II
Posso até esquecer-me das tardes de verão
Do mar, suas brandas e refrescantes ondas
Da brisa suave que massageia profundo a alma
Até do iate que em sonhos me transporta
Mas de ti impossível é esquecer-me.
Posso até esquecer-me da fauna
Do vôo diversificado dos pássaros
E da sinfonia que reunidos formam
Festejando liberdade além do horizonte
Mas de ti impossível é esquecer-me.
Posso até esquecer-me do alvorecer
Mesmo estando em elevado monte
Dos inconfundíveis raios ultravioletas
Das alvas nuvens que acortinam o céu
Mas de ti impossível é esquecer-me.
Posso até esquecer-me da noite
Do suave orvalho sobre a cabeça
Do cheiro da erva por ele molhada
Da lua cheia e das constelações
Mas de ti impossível é esquecer-me.
Posso até esquecer-me do ar e de respirar
De dormir, me alimentar e da sede saciar
Mas o dia que esquecer-me de ti, morrerei
Certamente se esquecer-me de ti morrerei.
Daniel de Menezes Costa.