SOB A ÉGIDE DO AMOR
as luzes apagam
e a semi-luz da irracional lucidez
fala do sangue latino;
do amor sensual
que abre portas à libido.
nesse recreio da luzes
os corpos se tocam
e as carnes em chama
musculam veias
de um rubro fervente sob a pele.
fluem plenos os olores do sexo
desfrutando esse instante único.
e nada mais os detém;
e nada mais interessa;
e nada mais existe no universo,
nem o tempo,
nem a Pátria,
nem Deus,
além desse momento
até a consumação,
quando,
exaustos e satisfeitos,
dialogam a liberdade do amor.