SOB A ÉGIDE DO AMOR

as luzes apagam

e a semi-luz da irracional lucidez

fala do sangue latino;

do amor sensual

que abre portas à libido.

nesse recreio da luzes

os corpos se tocam

e as carnes em chama

musculam veias

de um rubro fervente sob a pele.

fluem plenos os olores do sexo

desfrutando esse instante único.

e nada mais os detém;

e nada mais interessa;

e nada mais existe no universo,

nem o tempo,

nem a Pátria,

nem Deus,

além desse momento

até a consumação,

quando,

exaustos e satisfeitos,

dialogam a liberdade do amor.

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 12/09/2009
Código do texto: T1805984
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